Em alusão ao Dia das Crianças e ao Dia do Professor, celebrados respectivamente nos dias 12 e 15 de outubro, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) – instituição vinculada à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) – realizou uma agenda conjunta com o Serviço Social da Indústria do Amazonas (Sesi-AM) e promoveu uma visitação a cerca de 15 integrantes do corpo discente e docente da Escola Sesi Emina Mustafá aos laboratórios do Centro. Ocorrida na quarta-feira (13), a visita teve por objetivo apresentar os projetos em andamento no CBA e despertar o interesse científico dos alunos que se preparam para ingressar no mercado de trabalho e que, também, vislumbram se capacitar em cursos superiores.
A programação da visita contou com uma apresentação do gestor do Centro, Fábio Calderaro, que tratou brevemente das atividades realizadas pelas equipes técnicas e científicas do CBA, bem como falou sobre a bioeconomia e seu potencial socioeconômico, em especial na Amazônia. Em seguida, já nas juntas laboratoriais, os pesquisadores da instituição apresentaram, de forma prática, algumas iniciativas que são desenvolvidas visando ao melhor aproveitamento dos insumos nativos amazônicos.
Diversas atividades foram apresentadas, desde a extração de essências oriundas do pau-rosa, da andiroba ou da copaíba e a produção de anticorpos obtidos de ovos de galinhas até a transformação de resíduos em materiais para usos variados, o bioplástico e seus resultados benéficos para o meio ambiente e a vasta coleção de micro-organismos e suas utilizações para o bem da sociedade. Estes e vários outros pontos foram vistos pelos alunos, que demonstraram bastante interesse e questionaram sobre diversos aspectos para dirimir dúvidas e aprender mais sobre bioeconomia.
Oportunidade
A professora de química do Sesi, Ana Caroline Duarte, integrou a comitiva e agradeceu pela oportunidade de ter acesso ao Centro de Biotecnologia da Amazônia para poder acompanhar o que é realizado em termos de ciência pela instituição. “Temos o eixo Ciência da Natureza e, em aula, mostramos a ligação entre a física, a química e a biologia. No CBA, os alunos puderam ver essa integração de como as ciências se correlacionam na prática. É importante para que vejam os métodos que são tratados na escola”, afirmou a professora. “Agradecemos o CBA pela iniciativa de abrir os laboratórios aos jovens, pois isso os aproxima da ciência e faz com que conheçam o trabalho que os pesquisadores desenvolvem, além de entenderem que há um centro de biotecnologia que faz a diferença não apenas para a região, mas para o mundo”, complementou.
Para o aluno Caio Soares, do 3º ano do Novo Ensino Médio em Eletrotécnica, a experiência, além de inédita para ele, “foi interessante por vermos melhor o que aprendemos no Sesi, agora na prática. Os profissionais do CBA conseguiram explicar muito bem o que faziam em suas áreas de atuação e é uma experiência válida que agrega muito ao nosso conhecimento e nossa formação, principalmente nesta etapa do ensino médio”.
O gestor do CBA, Fábio Calderaro, destacou que “a partir de agendas como estas podemos despertar vocações e estimular a aproximação dos jovens com atividades ligadas à ciência e à bioeconomia”. Iniciativas do tipo ainda podem, segundo ele, estreitar a relação do Centro com a sociedade, além de possibilitar demonstrar como a instituição já contribui de diversas formas para os avanços da região e como pode fazer ainda mais.
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