A partir deste domingo, 24 de setembro, todos os procedimentos de urgência e emergência em cirurgia vascular estão paralisados nos hospitais 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcio (adulto e infantil), a informação foi apurada pelo deputado Sidney Leite (Pros), após denúncia recebida de um paciente do hospital 28 de agosto.
Ao tomar conhecimento da complexidade do problema, o parlamentar disse que irá provocar uma ação civil pública, junto ao Ministério Público (MP) para retomar os procedimentos nessas unidades de saúde.
Segundo as informações apuradas pelo deputado, o motivo da paralisação dos médicos vasculares acontece em virtude do contrato expirado entre a empresa União Vascular de Serviços Médicos (UNIVASC), e o Governo do Amazonas desde agosto deste ano. Além de não haver contrato desde o mês anterior, os médicos cirurgiões vasculares estão sem receber pagamento há quase cinco meses.
“Esse é um serviço de extrema importância e o estado não poderia deixar isso acontecer. Infelizmente isso também está acontecendo com todas as empresas médicas que prestam serviço para o estado. Isso não pode continuar, são vidas que estão em questão”, disse Sidney, destacando que o governo do amazonas pode resolver o problema do contrato, se tiver boa vontade.
“Se a Susam quiser, pode pedir dispensa de licitação e recontratar o serviço. O que não pode é esperar que o pior aconteça”, acrescentou, ao completar que irá nos próximos dias entrar com uma ação civil pública, junto ao MP para que o Estado seja obrigado a resolver o problema urgentemente
O SERVIÇO
A Univasc presta serviço de urgência e emergência com atendimento e realização de cirurgia vascular, nos hospitais João Lúcio (adulto e infantil), 28 de agosto e Platão Araújo. A Univasc tinha 25 profissionais à disposição do Estado. Esses médicos atendem pacientes com emergências hemorrágicas graves, diabéticos ou com alguma complicação sanguínea.
De acordo com uma médica, vinculada à Univasc, pelo menos 134 pacientes, a maioria diabéticos, deverão ficar sem assistência nos próximos dias, o que ela considera um grande risco. A médica alertou também que, com a paralisação dos especialistas da Univasc, só sobrarão 4 cirurgiões vasculares no sistema público estadual de saúde.
VALOR DO CONTRATO/DÍVIDA
Segundo informações levantadas junto a diretoria financeira da Univasc, o contrato com a Susam era de R$ 680 mil/Mês. A pesar do contrato ter encerrado em agosto, o repasse não vinha sendo feito regularmente desde maio.
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