Para o deputado federal, o caos na segurança pública é um sintoma da política implantada pelo atual governo, que não realiza concurso público e nem investimentos no efetivo da Polícia Militar do Amazonas
A paralisação do transporte público, fechamento de escolas e de parte do comércio e fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), nesta segunda-feira, 07/06, como efeitos dos ataques criminosos de facções, iniciados no domingo, 06/06, em Manaus, foram alvo de severas críticas do deputado Sidney Leite (PSD). De acordo com o parlamentar, os delitos e vandalismos espalhados pela cidade, que resultaram em terror e pânico na população, aliado aos escândalos de suspeitas de desvio de recursos da saúde, em um momento de pandemia, têm tornado insustentável a permanência de Wilson Lima (PSC) como governador do Amazonas.
“O caos na segurança pública é um sintoma do que vem ocorrendo no dia a dia, pela não realização de concurso público e pela falta de investimentos na tropa da Polícia Militar e de um trabalho sério de inteligência. É um descaso por parte do governador Wilson Lima, que perdeu as condições de governar o Estado do Amazonas. Precisamos pedir o impeachment do governador”, enfatizou o deputado.
Segundo Leite, WilsonLeite entrará para a história como o primeiro governador do Amazonas que conseguiu parar o Distrito Industrial. “As fábricas não estão trabalhando no dia de hoje porque o secretário de segurança (coronel Louismar Bonates) demonstrou a falência e incompetência da segurança no Amazonas, ao enviar ofício para o Sindicato dos Transportadores Especiais, categoria que já vinha sofrendo com assaltos rotineiros aos coletivos que fazem rota para o Distrito Industrial. Isso gera um prejuízo inimaginável, não só no dia de hoje, mas nas empresas que não vão mais se interessar em investir em Manaus pela falta da segurança pública”, destacou o deputado federal.
O parlamentar criticou ainda a falta de destinação correta dos recursos da educação. Segundo dados do sistema penitenciário no Amazonas, o custo per capta para manter uma pessoa presa no Estado é de R$ 4.120, o dobro da média nacional. “Um preso no Amazonas custa muito mais do que um estudante, cujo investimento médio do Estado é de apenas R$ 314 por aluno. Isso tudo é revoltante e tem um responsável. O responsável pelo caos que acontece hoje no Amazonas chama-se Wilson Lima, que chamou de vandalismo os atos de queima de ônibus e prédios públicos e particulares. Governador, isso não é vandalismo, mas sim um ato criminoso”, pontuou Leite, ao cobrar medidas enérgicas e concretas para o problema.
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