Foi no final da tarde do dia 27/02/1986, uma quinta-feira, que um veículo modelo Monza Classic Chevrolet branco engavetou na lateral de uma carreta que perdera os freios traseiros no momento em que fazia a curva quase em frente ao CIGS, na antiga Estrada da Ponta Negra.
Dentro do veículo Monza um jovem promissor às vésperas de completar 18 anos de idade. O Amazonas inteiro chocou-se com a tragédia.
Quem conheceu José Carlos Martins Mestrinho sabe que dos filhos de Gilberto era ele que mais se parecia com o pai; quer no carisma, jeito, fidelidade com os amigos, e até mesmo na forma serena como falava. O Amazonas chorou e quedou-se em luto junto aos pais, Gilberto e Maria Emília Martins Mestrinho.
Inúmeras homenagens foram feitas anos seguidos por todo o Amazonas. Escolas, creches, ruas, auditórios, salas de estudos sociais em Universidades, hospitais, centro de reabilitação de jovens, etc, levam o nome de José Carlos Mestrinho.
Políticos de todas as matizes foram consolar, em luto, a família de Mestrinho. Foram dias difíceis para Manaus e para o Amazonas.
Nesta época, Gilberto Mestrinho já preparava seu sucessor(Amazonino). O que se viu nos meses seguintes ao fatídico acidente foram maledicências de toda ordem, a mais grave, pontificada pelos opositores de Gilberto, foi que “ele havia dado cabo do motorista da carreta”- inocentado ao longo do inquérito – o que acabou permeando boa parte da campanha política. Em um dos últimos programas eleitorais exibidos pela Aliança Democrática de Mestrinho, no rádio e TV, foi marcante a cena (filmada) de Gilberto abraçando o motorista da carreta Detimar Amâncio. Era a imagem do perdão e uma pá de cal nas calúnias.
O corpo do jovem promissor José Carlos está sepultado no jazigo 2.621/A e até hoje, passados 30 anos, recebe homenagens de diversos amazonenses.
ERA 1986.
Marcelo Guerra / Jornalista MTB 492/AM – MBA Administração Pública
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