Mais de 3 mil famílias estão afetadas diretamente pela estiagem desse ano
A prefeitura do município de Tapauá (AM), distante 448 quilômetros de Manaus, decretou emergência em função da seca do rio Purus e demais afluentes. Está sendo criado um comitê de crise para gerenciar os trabalhos de mitigação dos impactos da estiagem, e será distribuído água potável, cestas básicas e tanque para armazenamento de água.
A defesa civil não descarta a decretação de estado de calamidade pública, pois se a cota do Rio Purus continuar descendo na mesma escalada do mês de agosto o comércio corre o risco de ficar desabastecido, pois a única forma de chegar mantimentos é via barco.
Os barcos que fazem viagem pra cidade de Tapauá já sinalizaram que vão parar já a partir da próxima semana. Isso põe em risco toda cadeia produtiva e financeira da cidade.
A empresa Manaus energia foi notificada para que monte um plano pra não deixar a cidade sem energia, pois a geração de energia é através de termoelétrica.
A Prefeitura e a Defesa Civil preparam o plano de contingência para os próximos dias que prometem ser os difíceis já vivenciados pelos tapauenses.
A decisão leva ainda em consideração o decreto do Governo do Amazonas, que abrange 58 municípios, incluindo Tapauá, para oferecer amparo legal aos afetados.
Além disso, o documento relata que a estiagem causa, ano após ano, prejuízos econômicos, sociais, humanos materiais e ambientais irreparáveis, por conta do fenômeno natural no município.
O decreto publicado pela Prefeitura de Tapauá também mobiliza recursos para assistência às famílias atingidas, articulação com órgãos estaduais e federais, e monitoramento contínuo das condições climáticas.
Segundo o prefeito, a crise hídrica vem prejudicando comunidades ribeirinhas na busca de água potável e, também, na realização de atividades rotineiras, em razão do desabastecimento de água e da inviabilidade da locomoção, causando sérios prejuízos de ordem social, econômica e humana.
“As comunidades estão ficando sem abastecimento, sem remédios e isso nos preocupa. Água é vida, e sem o mínimo necessário essas pessoas irão perecer e isso não podemos deixar acontecer. Somos uma prefeitura pequena e com poucos recursos e por isso clamamos para que o governo federal, a defesa civil olhe por nós”, disse o prefeito Gamaliel Andrade.
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