Em entrevista coletiva, Renan Filho revelou que governo federal quer criar Grupo de Trabalho a fim de examinar utilização do Fundo para concluir rodovia com tecnologias que permitem dar sustentabilidade da obra
O deputado federal Saullo Vianna (União-AM) se alinhou à proposta, anunciada em entrevista pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, de constituir um Grupo de Trabalho no Governo Federal para avaliar a utilização do Fundo Amazônia – que hoje tem em caixa R$ 3,9 bilhões, para a conclusão, de maneira sustentável, da BR-319.
“A BR-319 é nossa única alternativa de ligação rodoviária do Amazonas ao país. Os problemas econômicos do nosso isolamento logístico são conhecidos. Temos um custo Amazonas mais elevado que o custo Brasil, o que onera a nossa atividade produtiva e o nosso crescimento econômico”, diz Saullo Vianna.
O parlamentar amazonense também lembrou que a falta da rodovia impediu, no auge da pandemia, que os cilindros de oxigênio, entre outros insumos, chegassem rapidamente ao estado, o que só agravou uma situação que já era trágica, sobretudo em Manaus.
O Ministro dos Transportes acredita que a conclusão da BR-319 não é um problema insanável, já que a ideia é consolidar uma conexão com Manaus conciliada com a sustentabilidade ambiental.
“Vamos apresentar um modelo de concessão para a rodovia para que, por meio de uma gestão privada e com mais recursos, possamos lançar mão de tecnologias de baixo impacto na construção e manutenção da rodovia, a mais inovadora forma de gestão com respeito ambiental do mundo”, declarou Renan Filho.
40 anos sem ligação com o país – A Rodovia BR-319 atravessa a floresta amazônica, liga a cidade de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e foi inaugurada em 1976. Por falta de manutenção, a BR foi abandonada 12 anos depois. Dos seus 656 quilômetros, apenas 34% estão pavimentados, o que faz com que o Amazonas amargue, há mais de 40 anos, o isolamento rodoviário com o restante país.
+++++++