Na manhã desta quinta-feira (26), no Auditório da Suframa, ocorreu a apresentação dos resultados dos cinco anos do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado desde 2019 pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam). O PPBio foi idealizado para promover soluções sustentáveis para a exploração econômica da biodiversidade da região, atraindo investimentos e fortalecendo cadeias produtivas.
Durante o evento – realizado em parceria entre o instituto e a Autarquia -, foi divulgado o Relatório de Atividades de 2019 a 2023, destacando os avanços obtidos com o aporte de R$ 132 milhões, provenientes de 36 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Os recursos foram aplicados em diversas iniciativas de bioeconomia na Amazônia Ocidental e Amapá. Paralelamente, no hall da Suframa, aconteceu uma exposição dos resultados do PPBio, onde startups apoiadas pelo programa exibiram produtos inovadores derivados da biodiversidade amazônica.
Na abertura do encontro, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, ressaltou a importância da transparência e da prestação de contas. “O evento de hoje é muito importante, pois a Lei de Informática precisa mostrar resultados à sociedade. A transparência deve estar sempre em nossa agenda. Em cinco anos, o Idesam recebeu R$ 132 milhões e desenvolveu projetos maravilhosos, mas ainda estamos longe do ideal em termos de conscientização sobre a importância de investir na bioeconomia. O valor captado ainda é pequeno diante das necessidades de desenvolvimento da região”, afirmou Saraiva.
O superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Suframa, substituto, Rafael Gouveia, explicou que o evento é fruto do relatório de resultados apresentado pelo Idesam ao Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda), que renovou por mais cinco anos a coordenação do PPBio pelo instituto. Gouveia também ressaltou que programas prioritários como o PPBio atraem investimentos estratégicos e transferem a responsabilidade da prestação de contas dos investimentos obrigatórios em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para as coordenadoras, beneficiando as empresas e o ecossistema de inovação. “A Suframa, como fiscalizadora, busca sempre incentivar as coordenadoras dos programas prioritários a alcançar melhores resultados. No caso do Idesam, os recursos captados geraram resultados positivos, que foram confirmados e validados, fortalecendo as cadeias produtivas da região”, ressaltou Gouveia.
O líder de Inovação em Bioeconomia do Idesam, Paulo Simonetti, salientou os impactos concretos alcançados pelo PPBio, que já abrange 53 municípios em cinco estados da área de atuação da Suframa, com 35 projetos concluídos e 40 em andamento. “Desenvolvemos 156 produtos, processos e serviços, fortalecemos 22 cadeias produtivas, geramos 17 patentes e certificações, criamos 456 empregos e atingimos mais de R$ 2 milhões em faturamento de produtos desenvolvidos por startups apoiadas”, frisou Simonetti.
Pioneiros
Entre os projetos pioneiros apoiados pelo PPBio, destacam-se a produção de peças de bicicletas ecossustentáveis a partir do caroço de açaí, a criação da primeira agência de etnoturismo indígena do Brasil – liderada pelos Paiter Suruí, de Rondônia – e o desenvolvimento de um dermocosmético à base de seiva de sangue de dragão, destinado ao tratamento de cicatrizes e queloides.
Outros participantes
Também participaram do evento, de forma virtual, entre outras autoridades, a diretora de Transformação Digital e Inovação, substituta, da Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Cristiane Rauen, e o coordenador suplente do Capda, José Ricardo Ramos Sales.