O prefeito do municipio de Juruá, distante 674 quilômetros de Manaus, José Maria Júnior(MDB), que também é advogado, fez um contraponto ao ocorrido na última quarta-feira, 2, quando, numa situação inusitada na sessão virtual do Tribunal de Justiça do Amazonas, a biblioteca cenográfica do desembargador Yedo Simões desabou. Nas imagens da sessão gravada, é possível ver que o cenário cai depois que Simões o atinge com sua cadeira. Em seguida, Simões se levanta e passa a tentar colocar a biblioteca de volta no lugar.
O prefeito ressaltou as qualidades intelectuais do magistrado e pormenorizou o ocorrido e a repercussão com que a cena foi ampliada: “Realmente aquilo não foi nada demais. Poderia ter acontecido com qualquer um de nós, já que nestes tempos modernos, as sessões de “Live” são corriqueiras”, disse.
“Como advogado, como prefeito reeleito pelo município, rendo minhas homenagens e solidariedade à história deste homem, pela sua dedicação aos estudos, conseguiu vencer na vida tendo uma folha de bons serviços prestados ao nosso Amazonas, sendo o homem de bem, o homem de palavra, o homem leal, que merece ser respeitado não pelo cargo que ocupa, mas pelos valores que carrega”, disse o prefeito.
“Músico, Poeta, Escritor, Jurista e Filósofo, todos esses espectros, desconhecidos para os que não o conhecem, porque sua modéstia e discrição também marcam a sua personalidade, induz reconhecer que o Doutor Yedo Simões tem uma visão do direito que vai ao encontro de soluções equânimes para os conflitos apresentados numa sociedade cada vez mais complexa, litigiosa e ciente de seus direitos. Como o poeta, não se contenta com a derme, indo às causas primeiras e, lança um olhar holístico e humano sobre as questões que lhe são submetidas”, disse o prefeito.
Yedo Simões formou-se em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (1978) e é pós-graduado em Gestão de Tribunais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Posteriormente ingressou na magistratura no ano de 1979 e foi juiz de Direito das Comarcas de Barcelos, Itacoatiara, Autazes, Maués. Na Comarca de Manaus, foi titular das 3ª, 7ª, 8ª e 9ª Varas Cíveis; da 6ª Vara Criminal; do 1º Tribunal do Júri; da 1ª Vara da Fazenda Pública do Estado do Amazonas; da Vara de Execuções Criminais e do 2º Juizado Especial Cível. Como juiz eleitoral, conduziu pleitos em Barcelos, Itacoatiara e Autazes e, na capital, foi juiz das 1ª, 2ª, 32ª e 37ª zonas eleitorais. Em 1992, exerceu a função de presidente e coordenador do pleito municipal de Manaus. Foi promovido a desembargador em 2005 pelo critério de merecimento, ocupou o cargo de corregedor-geral de Justiça no biênio 2012/2014 e presidiu o Tribunal Regional Eleitoral (TER-AM) no biênio 2016/2018.
+++++++