O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, na noite desta quarta-feira (29), sobre a megaoperação das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, realizada na terça-feira (28). Em nota, o líder brasileiro criticou o crime organizado.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, publicou Lula em suas redes sociais.
O político disse que se reuniu hoje pela manhã com ministros do governo e determinou ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que fossem ao Rio para encontro com o governador Cládio Castro.
“Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”, complementou Lula.
O presidente ainda disse que, com a aprovação da PEC da Segurança, que seu governo encaminhou ao Congresso Nacional, será possível “garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”.
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SOBRE A MEGAOPERAÇÃO
Um balanço parcial desta quarta-feira (29) fala em 121 mortes. O número inicial, na terça-feira (28), era de 64 mortes, sendo 60 suspeitos e 4 policiais.
Enquanto o Governo do Estado do Rio de Janeiro trata a “Operação Contenção” como a maior da área de segurança dos últimos 15 anos, movimentos sociais falam em ação mais violenta da história do Estado.
Na rede social X, antigo Twitter, o GovRJ apresentou o balanço completo da operação, que representou, segundo o Executivo, o “maior baque que a facção já tomou em toda a sua história”.
“Uma investigação de 1 ano envolvendo todas as polícias do RJ. O foco da operação foi retirar o confronto da comunidade e levá-lo para a área de mata, protegendo a população e reduzindo os efeitos colaterais”, informou a publicação.
O governo do Rio afirmou ainda que foram mais de 60 dias de planejamento com inteligência, levantamentos, mapas e distribuição tática das tropas. Que todos os policiais estavam com câmeras corporais e que “o cenário encontrado foi o previsto”.
Balanço de prisões e apreensões
- 113 presos (33 de outros estados);
- 10 adolescentes detidos;
- 118 armas apreendidas, sedo: 91 fuzis, 29 pistolas e 14 artefatos explosivos;
- Mais de 1 tonelada de drogas apreendidas.









