Abdominoplastia reversa é cirurgia indicada a pacientes que perderam muito peso e requer cuidados específicos
Depois de perder mais de 30 quilos, Maya Massafera anunciou uma série de cirurgias plásticas e uma das que mais chamou atenção da mídia foi a abdominoplastia reversa. Nas redes, a artista disse que precisou passar pelo procedimento depois de detectar que estava com o “umbigo triste”, descrição popular sobre o aspecto que ficou sua barriga após algumas intervenções e a perda de peso na região. “A abdominoplastia reversa, também conhecida como abdominoplastia superior, é uma técnica que trata o excesso de pele e a flacidez na parte superior do abdômen. Diferente da abdominoplastia tradicional, onde a pele é puxada para baixo, neste procedimento a pele é puxada para cima, com incisões posicionadas discretamente abaixo das mamas. Esse tipo de abordagem é indicado para pacientes que apresentam flacidez ou excesso de pele na região superior do abdômen, algo que muitas vezes não é resolvido com a técnica convencional”, explica o cirurgião plástico Dr. Nicola Biancardi.
Além de remover o excesso de pele, o procedimento pode corrigir a diástase dos músculos retos abdominais acima do umbigo, proporcionando uma aparência mais firme e uma cintura mais marcada. O especialista, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e pós-graduado no Instituto Ivo Pitanguy ainda destaca que essa operação exige uma gama de cuidados pós-determinados. “A recuperação dessa cirurgia exige alguns cuidados específicos para que os resultados sejam satisfatórios. Nos primeiros dias, o repouso é essencial para permitir que o corpo inicie o processo de cicatrização, e é recomendável evitar esforços físicos intensos, levantar pesos e fazer atividades que possam esticar a região abdominal”. O paciente ainda deve manter uma postura levemente curvada ao caminhar para evitar tensão na área operada e a exposição solar deve ser evitada para que as cicatrizes evoluam sem problemas.
De acordo com o especialista, com o avanço da tecnologia e visando a otimização da recuperação, recursos como a medicina hiperbárica, que melhora a oxigenação dos tecidos, e a ozonioterapia intralesional, que reduz inflamações e estimula a regeneração celular, podem ser aplicados na área operada, contribuindo para uma cicatrização mais rápida e eficaz. “Além disso, o tratamento com laser de CO2 é uma excelente opção para suavizar as cicatrizes, promovendo a regeneração da pele e ajudando a cicatriz a evoluir para uma aparência mais branquinha e discreta ao longo do tempo”, detalha Biancardi.
O chamado “umbigo triste” é um termo que descreve o aspecto caído e flácido que a barriga adquire quando a pele perde volume rapidamente e não consegue se ajustar. Dessa forma, o acúmulo resulta em flacidez e um contorno abdominal menos firme. “Tratamentos como o BodyTite e o Renuvion, que tratam flacidez e gordura localizada, podem ajudar em casos de flacidez leve a moderada, mas não no caso específico da influenciadora ou casos de pessoas com perda de peso significativa. É preciso lidar com o excesso significativo de pele, que geralmente exige remoção cirúrgica. A abdominoplastia reversa se torna, portanto, uma solução eficaz para reposicionar a pele e corrigir a flacidez, conferindo ao abdômen uma aparência mais tonificada e rejuvenescida”, finaliza o médico.