A prolongada estiagem que afeta os rios Solimões e Japurá levou o município de Japurá, localizado a 952 km de Manaus, a declarar situação de emergência. A medida, assinada pelo prefeito Vanilso Monteiro, reflete as dificuldades enfrentadas pelas comunidades ribeirinhas, que sofrem com a escassez de alimentos e as dificuldades de transporte devido à baixa dos rios.
De acordo com especialistas, a seca deste ano pode superar os recordes históricos de 2023, intensificando os impactos econômicos e sociais na região. O decreto, com duração de 180 dias, destaca a projeção de uma estiagem severa na Calha do Médio Solimões e no Rio Japurá, o que comprometerá ainda mais a logística de abastecimento de mercadorias no município.
A decisão municipal também está alinhada com o decreto do Governo do Amazonas, que abrange 58 municípios, incluindo Japurá, com o objetivo de fornecer suporte legal e logístico às áreas afetadas pela crise hídrica.
O prefeito Vanilso Monteiro destacou que a seca já tem causado sérios prejuízos às comunidades ribeirinhas, afetando o acesso a água potável e interrompendo atividades cotidianas. “As comunidades estão ficando sem abastecimento e sem remédios, o que nos preocupa profundamente. Água é vida, e sem o mínimo necessário, essas pessoas irão perecer. Somos uma prefeitura com poucos recursos, por isso apelamos para que o governo federal e a Defesa Civil olhem por nós”, afirmou.
O decreto municipal também prevê a mobilização de recursos para assistência às famílias atingidas, além de articulação com órgãos estaduais e federais para monitorar e mitigar os efeitos da seca. A crise hídrica, além de prejudicar o transporte fluvial, tem gerado prejuízos econômicos e ambientais irreparáveis na região.
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