Na Grande São Paulo 886 mil clientes da Enel seguem sem luz ou com o serviço instável depois das chuvas que atingiram o estado na sexta-feira.
A informação foi atualizada no início da tarde deste domingo pelo Governo de São Paulo.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do estado está na Enel fiscalizando a retomada dos serviços na Região Metropolitana de São Paulo.
E como a energia elétrica é uma concessão federal, vai notificar Ministério de Minas e Energia e a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica. O objetivo é saber quais medidas estão sendo tomadas para que o serviço seja prestado de forma adequada à população de São Paulo.
Coisa que a Giovanna Maria Sanches, moradora da Barra Funda, não viu acontecer sexta-feira quando chegou à noite em casa. Ela subiu 10 andares de escada e perdeu alimentos que precisam de refrigeração.
O Procon-SP também vai notificar a Enel para explicar a demora na retomada da energia elétrica e as medidas preventivas adotadas no último ano. Além disso, quer saber quantas pessoas estavam de prontidão na emergência, já que os alertas foram emitidos pelos serviços de meteorologia há alguns dias.
A Lia de Carvalho Jorge Oliveira teve que se desdobrar para minimizar o prejuízo. E quando chegou em casa ainda percebeu que o prédio não estava seguro, pois a porta, que tem fechadura eletrônica, estava aberta.
A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo disse que vai acionar ENEL na Justiça para ressarcir os prejuízos. Cerca de 250 mil estabelecimentos filiados foram atingidos pelo apagão.
Nos hospitais estaduais, a energia foi restabelecida, segundo o governo paulista.
Os temporais provocaram sete mortes no estado e deixaram cerca de 30 pessoas desalojadas em Taboão da Serra, onde foi decretada situação de emergência. Cem cestas básicas, kits de higiene e limpeza e de dormitório foram enviados pela Defesa Civil do estado à cidade.
O apagão afetou também o abastecimento de água na Grande São Paulo. A Sabesp, a companhia de água do estado, pede à população economia no uso de água.
Neste sábado, a Aneel resolveu intimar a Enel para explicar a situação e apresentar medidas imediatas de adequação. E, segundo a agência, caso não seja apresentada uma solução satisfatória, vai recomentar ao Ministério de Minas e Energia o fim da concessão com a Enel.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Aneel falha na fiscalização da Enel sem justificativa. Ele informou que foi instalada uma sala de situação para acompanhar os trabalhos em São Paulo. E disse não há qualquer indicativo de renovação da concessão com Enel em São Paulo.