A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagraram, nesta quinta-feira (30), uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários, agiotas, influencers, traficantes de drogas, e integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Um dos presos é o influenciador conhecido como “Diabo Loiro”.
Batizada de Operação Off White, a ofensiva cumpre nove mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu. Além disso, foi determinado o bloqueio e sequestro de 12 imóveis de alto padrão e o congelamento de valores em instituições bancárias.
Alvos da operação
Segundo o jornal O Globo, entre os alvos da ofensiva está Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão“, considerado um nome do alto escalão da facção criminosa. Ele está foragido na Bolívia. Os filhos dele também constam entre os alvos da operação.
Das nove prisões decretadas, quatro haviam sido cumpridas até o fim da manhã desta quinta. Entre elas, a do influenciador digital Eduardo Magrini, conhecido nas redes sociais como “Diabo Loiro”.
Segundo a Polícia Militar, ele é uma das lideranças da organização criminosa, suspeito de ter participação direta em ataques contra as forças de segurança do Estado, e tem diversas passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso.
Durante o cumprimento de um mandado, um suspeito morreu baleado após confronto com policiais militares. Um sargento do 1º Batalhão de Ações Especiais (BAEP) também foi atingido. Ele foi hospitalizado e está fora de perigo.
Durante as diligências, os policiais apreenderam mais de R$ 300 mil em espécie, quatro armamentos e maquinários para embalar drogas.
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Investigações
Conforme as investigações, o grupo movimentava grandes quantias obtidas com o tráfico, misturando os valores ilícitos a recursos provenientes de atividades empresariais legais para dificultar o rastreamento.
Segundo o MP, os investigados atuavam há anos na acumulação e dissimulação de patrimônio oriundo do crime.
Promotores e policiais identificaram ainda que o grupo realizou diversas transações imobiliárias e financeiras para esconder os verdadeiros beneficiários e a origem ilícita dos bens. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear novas ramificações do esquema.









