Brasília (18/12/2024) – A autorização para funcionamento de aerogeradores da terceira usina em parque eólico na Região Sul do Brasil foi emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio de retificação da Licença de Operação (LO). O Parque Eólico Coxilha Negra, localizado em Santana do Livramento (RS), fica na fronteira do Brasil com o Uruguai, com previsão de gerar 478,8 megawatts (MW) quando completamente instalado.
As obras do empreendimento se iniciaram em 2023, com conclusão da instalação e início do funcionamento dos aerogeradores da primeira usina em abril de 2024. Com a segunda retificação da LO, assinada pelo presidente substituto do Ibama, Jair Schmitt, as três usinas atualmente em funcionamento têm potência autorizada de 302,4 MW. A previsão é que o projeto alcance a potência total após instalação e funcionamento de seis usinas, com 114 aerogeradores, em investimento que deve alcançar mais de R$ 2 bilhões. A energia gerada será incorporada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental do Parque Eólico Coxilha Negra é conduzido pelo Ibama, enquanto o empreendimento é da Eletrobras CGT Eletrosul. O processo tocado no Instituto abrange a implantação dos aerogeradores, três subestações, acessos e uma linha de transmissão para conexão ao SIN. A localização das turbinas eólicas respeitou áreas de sensibilidade socioambiental, identificadas nos estudos prévios, visando evitar ou minimizar impactos à flora, à fauna e aos moradores da região. Modelagens matemáticas estimaram os efeitos dos ruídos e das sombras em cada uma das residências do entorno do parque, sendo respeitados os limites globalmente considerados adequados pelo Banco Mundial. No escopo do licenciamento, um inovador programa de monitoramento dos níveis de ruídos e de acompanhamento da qualidade de vida e do sono dos moradores, antes e depois da operação dos aerogeradores, está em desenvolvimento.
O Plano de Gestão Ambiental do parque eólico contempla 15 diferentes Programas Ambientais, executados durante sua instalação e operação, que incluem: ações voltadas à prevenção da introdução e dispersão de espécies exóticas invasoras, em especial o capim-annoni (Eragrostis plana nees); a utilização de técnicas e desenvolvimento de equipamentos para coleta, beneficiamento e plantio de sementes de espécies herbáceas campestres nativas; a identificação de eventuais colisões de aves e morcegos com as estruturas, em associação ao monitoramento a longo prazo de suas populações; a produção e distribuição de guias ilustrados de fauna e flora do bioma Pampa, visando difundir o conhecimento de sua biodiversidade; e ações de melhoria de estradas e infraestrutura de distritos afastados da sede municipal.
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