Na manhã deste sábado, 24 de agosto, o prefeito de Parintins, Bi Garcia (PDS), fez duras críticas ao governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), durante uma coletiva de imprensa. Garcia referiu-se ao governador como “Maduro Lima”, em alusão ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, frequentemente acusado de práticas autoritárias.
A declaração veio após uma série de ações da Polícia Militar do Amazonas que, segundo Garcia, teriam como objetivo favorecer a candidatura de Brena Dianná (UB), apoiada por Lima, nas eleições municipais.
O prefeito denunciou que, na última quinta-feira (22), policiais militares apreenderam cestas básicas que seriam distribuídas na comunidade Santo Antônio do Tracajá, como parte da “Ação em Dias”. Este projeto é uma iniciativa conjunta entre a deputada estadual Mayra Dias (Avante) e a Prefeitura de Parintins, com a participação das secretarias de Assistência Social e Saúde. Além disso, Garcia afirmou que assessores de Mayra Dias e do candidato a prefeito Mateus Assayag (PSD) foram abordados pela polícia de forma injustificada ao longo da semana.
Bi Garcia comparou as ações da Polícia Militar à repressão política promovida por Nicolás Maduro contra seus opositores. “Que o povo esteja livre para decidir seu futuro. Não vamos permitir gente embrulhada em bandeira se comportando como ditadores, a exemplo do que está acontecendo na Venezuela, perseguindo opositores. Aqui, nenhum ‘Maduro Lima’ vai se criar”, declarou o prefeito.
O prefeito também destacou que essa foi a primeira vez que presenciou uma atuação tão severa da Polícia Militar em Parintins durante um período eleitoral, criticando o que chamou de uso da força militar para fins políticos. “Nós nunca vimos isso aqui. É a primeira vez que estamos presenciando esse comportamento ditatorial de alguém que quer ganhar as eleições na marra em Parintins”, afirmou.
Em resposta às ações, a Prefeitura de Parintins, através da Procuradoria-Geral do Município, entrou com uma ação na Justiça para recuperar as cestas básicas apreendidas. A deputada Mayra Dias e o candidato Mateus Assayag também anunciaram que tomarão medidas legais contra as abordagens que consideram irregulares.
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